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Por Pedro Paulo Carvalho | 02/06/2025

Saiba os perigos da dependência digital  

Especialista da UVA explica os principais malefícios psicológicos relacionados ao uso excessivo de telas

Em uma sociedade hiperconectada, o uso constante de celulares, computadores, tablets e TVs é uma realidade para grande parte da população. Dados da pesquisa TIC Domicílios, realizada anualmente pela Cetic Brasil desde 2005 que mapeia o acesso às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) em território nacional, apontam que 84% dos domicílios brasileiros têm acesso à internet. Porém, o uso prolongado e desregulado desses dispositivos é nocivo e pode gerar consequências sérias para a saúde, especialmente para a mental. 

 

Irritabilidade, dificuldade em se desconectar, perda de interesse por outras atividades e uso compulsivo dos eletrônicos para fugir de sentimentos desconfortáveis são sinais de dependência digital. Segundo Daniel Lopes, professor do curso de Psicologia da Universidade Veiga de Almeida (UVA), o impacto do excesso de telas na saúde mental é cada vez mais evidente, principalmente entre os mais jovens. “Quanto mais tempo imersos no mundo digital, menor tende a ser o contato com experiências presenciais fundamentais para o desenvolvimento da empatia, da tolerância à frustração e da habilidade de lidar com o tédio”, afirma o especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental.

 

Crianças e adolescentes se tornam mais suscetíveis às redes sociais por estarem desenvolvendo a capacidade de autorregulação, já que nessas fases, o cérebro ainda é muito plástico e sensível a estímulos. Além disso, estão em processo de construção de identidade e vínculos sociais. Para Lopes, as redes sociais precisam de atenção redobrada durante esses períodos da vida, já que são projetadas para prender o usuário por meio de recompensas instantâneas, como curtidas e notificações. “Quando a maior parte dessa formação acontece no ambiente digital, que é cheio de padrões irreais e estímulos constantes, os impactos podem ser profundos e duradouros”, explica o docente.

 

Lopes ressalta que um dos prejuízos imediatos da dependência digital é a piora na qualidade do sono, já que a exposição à luz azul das telas antes de dormir reduz a produção de melatonina, também conhecida como hormônio do sono. Além disso, o conteúdo consumido mantém o cérebro em estado de alerta mesmo quando o corpo pede descanso, resultando em noites mal dormidas, cansaço crônico e baixa produtividade. “Muita gente dorme com o celular na mão e nem percebe como isso rouba a qualidade do descanso”, acrescenta o professor.

 

Embora muitas pessoas busquem um número exato de horas como parâmetro seguro de uso, o docente enfatiza que o mais importante não é o tempo, mas a qualidade do uso. “Algumas diretrizes sugerem até duas horas diárias para crianças e adolescentes, excluindo tempo de estudo, mas o essencial é observar como a pessoa se sente durante e depois do uso”, destaca Lopes.

 

Por fim, o docente deixa claro que o problema não está nas telas em si, mas na forma como as utilizamos, já que, quando a tecnologia está a nosso serviço, ela pode ser uma grande aliada. “Não se trata de demonizar a tecnologia, mas de redescobrir o que nos faz bem fora dela também”, finaliza.

 

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